Quanto de trabalho escravo você consome?
- contraponto
- 1 de nov. de 2011
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Se não é para mudar o modo como as pessoas consomem, o site SlaveryFootprint vem, pelo menos, para causar alguma mal-estar. Somos ensinados que a escravidão acabou no século XIX, quando os últimos negros foram libertos, graças ao bom coração de Princesa Isabel. Será?
Muita coisa vem sendo empurrada pra debaixo do tapete desta economia global em que estamos inseridos. O trabalho forçado e a dependência financeira que amarra o trabalhador ao patrão por meio de dívidas que nunca serão pagas não estão detalhadas no manual dos eletrônicos de Steve Jobs.
O SlaveryFootprint estudou mais de 400 produtos, dos mais populares entre os consumidores norte-americanos, analisando seus principais componentes, bem como os países fornecedores. Daí, foi estimado um valor para cada um desses produtos, que corresponde ao grau de utilização do trabalho escravo na cadeia produtiva. Sinta-se um barão do café, participando do teste.

Como ilustração da dimensão que o trabalho escravo tem ainda hoje, vale a pena assistir ao documentário Nas Terras do Bem-Virá, que aborda, entre outros assuntos, o modelo de colonização da Amazônia, o massacre de Eldorado do Carajás, o assassinato da missionária Dorothy Stang e o ciclo do trabalho escravo. A luta pela abolição persiste!
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